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Dia 6 – Río Dulce

26 fevereiro 2007

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O café da manhã de hoje foi tomado no restaurante do Hotel, em uma mesa de frente para o rio. Escolhi as onipresentes panquecas, que na versão Río Dulce, vem acompanhadas de frutas.

Saí para reconhecimento do terreno e logo fui abordado por vendedores de excursões que me ofereceram um tour até Livingston por Q160 saindo em 10 minutos. Já havia pesquisado e o preço era tabelado, portanto aceitei a oferta. Só deu tempo de comprar minha passagem para Guate amanhã (desta vez em um ônibus direto com ar condicionado, chega de sofrer!) e um protetor solar.

Como fui um dos últimos a embarcar, fui obrigado a ficar com o lugar que mais recebia sol (ainda bem que comprei o protetor).

A primeira parada foi no Castillo de San Felipe e pensei que fôssemos desembarcar para conhecer o local, mas estava redondamente enganado. O Río Dulce possui águas verdes e começa oficialmente em frente ao Castelo, que o separa do Lago Izabal, o maior da Guatemala.

Outra parada rápida foi na Isla de los Pájaros e logo rumamos na direção de Livingston. Passamos por El Golfete, parte mais larga do rio e desta vez realmente paramos para um banho em Águas Calientes, um local represado onde as águas termais se juntam às do rio, formando uma piscina morna. Tomei um banho rápido que nao conseguiu refrescar o sol escaldante.

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Passamos também por um jardim aquático antes de chegar a Cueva de la Vaca, onde surgem rochedos com 150 m de altura, com densa floresta. Pouco depois a vila de Livingston, o único enclave caribenho da Guatemala, era alcançado.

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A vila é bem tranquila e o povo local é chamado garífuna, descendentes dos habitantes das Ilhas St Vincent, que se mesclaram a escravos africanos e náufragos e acabaram sendo expulsos para Roatán, Honduras, de lá emigrando para terra firme. É um povo de cor escura e que possui dialeto próprio e uma paixão pelo reggae. Obviamente são discriminados pelos guatemaltecos, que devem estar felizes pelo isolamento do local, aonde só se chega de barco.

Não havia tempo para excursões às melhores praias do local – as praias próximas não merecem a classificação de caribenhas, por isso dei umas voltas pelas ruas até que retornamos a Río Dulce.

A volta foi bem mais rápida e só paramos em Finca Tatín para deixar algumas francesas. Também havia lugares suficientes para se escapar do sol. 45 minutos depois chegávamos e fui direto ao Castillo de San Felipe para a visita oficial.

Além do Castelo em si, que foi construído para defender o local dos piratas, há um parque muito bonito âs margens do rio e do lago. Nesta última fica a praia oficial do lugar e não pude resistir ao calor. A água clara estava na temperatura ideal e o banho uma delícia, apesar do fundo pedregoso.

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Ainda fiquei apreciando a paisagem por alguns minutos antes de voltar a Río Dulce numa van incrivelmente lotada – havia cerca de 23 pessoas onde só cabem 15!

Voltei para o Hotel e fui procurar algum lugar para jantar, mas em vista das opções, acabei ficando com o que já conhecia. Comi um enorme fettucine alfredo com camarões que ainda vinha com salada. Infelizmente as sobremesas haviam acabado.

Trilha Sonora : “Cocody Rock” – Alpha Blondy. O que tem Río Dulce e Cuzco em comum? Aparentemente nada, a não ser pelo fato de que esta música tocou nestas duas cidades enquanto estava jantando. Em ambas as ocasiões, a comida estava ótima.

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  1. cleber permalink
    8 outubro 2015 5:37 pm

    uma amiga me falou dessa ilha, e, falou também desse racismo detrator contra pessoas somente por causa da cor da pele em pleno século 21.
    a história nos mostra que com o racismo todos perdem, mais ainda sim, as pessoas continuam sendo contumazes nos seus atos abissais. lamentável !!!

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