Santiago para adolescentes – Dia 2 – Ousando um pouco mais
Após as compras no primeiro dia, era hora de alçar vôos mais altos: um pulo até Valparaíso e Viña Del Mar de ônibus. A viagem pode ser feita saindo do Terminal Alameda (estaçao de metrô: Universidade de Santiago) com as empresas Tur Bus e Pullman. Os ônibus saem a cada 15 minutos e a viagem dura 1h45. A passagem custa cerca de 3200 pesos (pouco mais de 12 reais), mas a Turbus tem descontos substanciais de até 60% para compras pela Internet.
O trajeto foi moleza, graças aos poderes mágicos do Ipod. A chegada, contudo, foi traumática. A área próxima da rodoviária de Valpo é bem inamistosa, feia mesmo. Saimos bem rápido para La Sebastiana, a pitoresca residência do poeta Pablo Neruda, que tem vista privilegiada de toda Valparaiso. A entrada custa 3000 pesos (cerca de 12 reais) e as visitas ocorrem todos os dias, exceto segundas, de 10h10m até às 18h.
Ao final da visita, tomamos um táxi até o Cerro Concepción para o almoço. Escolhemos o restaurante que tinha a maior variedade de pratos no menu del dia: o simpático Norma’s Restaurant na Calle Almirante Montt. Comemos lulas a dorê de entrada, filé ao malbec com tortilla de macarrão e panquecas de manjar (doce de leite para os argentinos) na sobremesa. Tudo isso por 5900 pesos por pessoa (o equivalente a 22 reais).
Para fazer a digestão, nada melhor do que andar pelas ruelas da cidade, admirando a arquitetura e principalmente a vista do Paseo Gervasoni. Infelizmente o ascensor Concepción, mais conhecido como Turri, o mais antigo (data de 1883) e um dos mais populares, estava em reformas por alguns dias. O remédio foi descer a ladeira observando os grafitis que adornavam as casas, até chegarmos ao porto.
Pausa para um pouco de história: Valparaiso já chegou a ter 33 ascensores, mas agora apenas 14 ainda resistem. Foram construidos para aliviar a íngreme topografia do lugar. Todos cobram uma entrada, de no máximo 40 centavos de real, mas estão fadados ao fechamento, se continuarem sem subsídios.
De lá, tomamos o metrô de superfície, margeando o Pacífico até descermos na estação de Viña Del Mar, onde o contraste com Valpo ficou mais evidente. Minha filha sorriu pela primeira vez no dia…
A esta altura, os pés cansados queriam uma pausa – e os ouvidos queriam uma musica conhecida, por isso andamos até a rodoviária de Viña para tomar o primeiro ônibus para Santiago, chegando junto com o por do sol.
O jantar foi no Del Cocinero, na Calle Pedro de Valdivia, um italiano bem recomendado pelo Trip Advisor. Realmente a comida era uma delícia – experimentei um inesquecível ravioli de brie e frutas secas ao molho branco, mas as porções eram minúsculas. As meninas se apaixonaram pelo suspiro limeño. Ainda bem que temos isto aqui no Rio.
JB!!! Sabe que, não fosse o Riq ter postado sobre você hoje, eu nem saberia que vc tinha retomado o filho? Acompanhei sua big trip asiática pelo Facebook (o seu e as fotos da Carlinha rs), mas só agora vejo essa série bacanuda de Santiago com teens. Oba! Tomara que venham muitos relatos asiáticos também 😉
Oi Mari,
Pois é, dá um trabalho danado mante-lo atualizado!
Os relatos asiáticos já devem estar saindo.
Obrigado pela visita. Sempre leio seu blog. Agora só falta a gente se encontrar no mundo real, né?
Parabéns pelo Blog, passarei a segui-lo, a Renata que ficará viciada nele, pois adora Blogs de viagem.
abs
Alex Vieira